Até hoje, eu era sua leitora assídua. Na realidade, o acompanhava, pois você havia configurado essa ferramenta para que todos tivessem acesso. Nesse momento, tentei acessar o seu blog e não consegui. “Acesso negado. Este blog está aberto exclusivamente a leitores convidados”. De imediato, fui tomada por uma sensação de perda. É como se eu não fosse vê-lo mais. É como se eu tivesse te perdido para sempre. O desespero me tomou por completo. Cada palavra escrita e compartilhada nesse espaço era como se estivesse me confidenciando suas alegrias, angústias, tristezas. Assim, acabava por ter uma ideia de como se sentia. Minimizava minhas decepções e me lembrava que, assim como eu, você era – também – feito de carne, osso e sentimentos, ainda que em muitas situações, tenha se mostrado implacável, indestrutível. Por meio das palavras publicadas, sabia como pedir, em oração, por sua felicidade... Passado o primeiro susto, descobri que esse sentimento era surreal, como a tola ideia de acreditar que cada pensamento postado era confidencioso a mim. Ah! Como a imaginação é fantástica! Torna verdade o fato idealizado. Não faço parte de sua lista de leitores convidados. Não faço parte de sua vida! Não dessa forma. Será esse o choque de realidade que eu precisava? Será que a ficha caiu? Ou será que insisto, ainda, em viver em uma realidade paralela, negando-me a ver o óbvio? Não sei. Sei apenas que um lado de mim fica feliz por você se proteger mais dos corações impetuosos. Não há nada mais insensato que armar o próprio inimigo. Outro lado se desespera, pois a distância, a partir de agora, ficará ainda maior. Mas, em primeiro lugar, o fato real: o seu bem-estar... Sempre!
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